O concurso Miss São Paulo é um dos mais aguardados pelo Mundo Miss brasileiro. O motivo é que muito do que acontece nele (de bom e ruim) será também visto no Miss Brasil, já que a emissora que produz o evento, a paulistana Band, é a responsável direta pelo "show" televisivo de ambos.
Esse ano o concurso veio com um formato diferente, inspirado no festejado Miss Rio Grande do Sul 2017, que eu assisti somente a final e achei interessante. A minha expectativa como esse novo formato não era grande, tanto que só assisti a final porque era evidente que um resumão do foi exibido no Youtube iria ser mostrado na final.
O local escolhido para o evento, denominado Casa Petra, fica no bairro de Indianópolis, uma região nobre da capital. Me pareceu ser um espaço elegante e intimista, e que estava em acordo com o novo formato.
O início do concurso foi bem menos animado e empolgante que o do ano passado, e a plateia parecia meio engessada. As candidatas usavam trajes casual escuros e pouco elegantes. Os desfiles individuais animaram a plateia e destaco o da miss Ilhabela, claramente inspirado no da Miss Brasil 2014 - Melissa Gurgel.
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Top 09 em traje casual |
Começar um concurso estadual apenas com 09 candidatas me causou certa estranheza, mas desencanei e tentei enxergar um sentido naquilo.
O anúncio do top 5 foi bem coerente com o que se tinha de candidatas no palco, mas já nesse momento percebi que meu estado natal terá poucas chances de conquistar o título nacional este ano.
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Top 05 |
O desfile em traje de banho mostrou regularidade na beleza plástica das candidatas e a apresentação do cantor Di Ferrero foi dispensável, assim como aquele corpo de baile que só poluiu o palco e me causou risadas com os closes dos bailarinos que queriam aparecer mais que as misses.
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Top 05 em traje de banho |
Os apresentadores Cássio Reis e Maria Eugênia estavam bem e espero vê-los no Miss Brasil 2018. Aliás, o vestido de Maria Eugênia era lindo e evidentemente não era da mesma estilista dos trajes das misses, como o usado pela Miss Brasil 2017 - Monalysa Alcântara, que como sempre esbanjou beleza e carisma.
O corpo de jurados, com a exceção de Raissa Santana - Miss Brasil 2016 - parecia pouco entender do que se passava no palco e a presença do "digital influencer" John Drops foi constrangedora para dizer o mínimo. Eu não aceito essas "personalidades" que mal sabem o que é um concurso de miss estarem numa posição de tanta responsabilidade. Mas a Band quer atingir o público em geral e se presta a isso, infelizmente.
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Maria Eugênia e Cássio Reis |
O desfile em traje de noite foi terrível, com vestidos horrorosos. Se eu achava que os vestidos do Miss Brasil 2017 eram o fundo do poço, o Miss São Paulo 2018 provou que ainda havia espaço nele. Não quero nem imaginar o que nos aguarda no certame nacional.
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Top 05 em traje de noite |
As perguntas finais tinha boas temáticas, mas as respostas em sua maioria foram sofríveis, com exceção as das misses Santos e Promissão.
O top 3 foi na minha opinião injusto, pois deveria ter tido a miss Promissão no lugar de Sumaré.
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Top 03 |
O resultado final foi surpreendente, já que a Miss Sumaré não articulou uma resposta para a questão, mas concordo com quem acha que ela merecia ter tido mais tempo para reformular sua fala. Nesse momento o apresentador Cássio Reis falhou feio.
Sem dúvida a Miss São Paulo 2018 - Paula Palhares é uma bela miss e tendo Éder Inácio como preparador (Fernanda Leme - Miss SP 2014 e Jéssica Voltolini - Miss SP 2015 são "crias" dele) deve chegar bem melhor em diversos aspectos no Miss Brasil 2018, mas não acredito que o jejum paulista termine este ano.
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Paula Palhares - Miss SP 2018 |
Esse formato de reality do Miss São Paulo 2018 não me agradou, pois as cenas com as misses chorando depois de eliminadas foi de cortar o coração. Sei que isso acontece nos bastidores, mas acho desnecessária essa exposição. Os depoimentos e comentários das eliminadas nas redes sociais mostram o quanto muitas misses, apesar de belíssimas, não tem a principal qualidade que se espera delas: a educação.
Espero que o Miss Brasil 2018, previsto para o dia 26 de maio no Rio de Janeiro, seja um evento mais tradicional. Infelizmente pelas declarações da diretora nacional Karina Ades, ele terá um público estimado em 18.000 pessoas e já se especula que será realizado dentro de um evento institucional da Polishop, empresa que detém a marca Be Emotion.
O poço pode ser mais profundo do que se imagina!
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